O cenário tributário brasileiro passará por transformações significativas a partir de 2026, especialmente em função da implementação prática das alterações previstas na Reforma Tributária. Para empresas de todos os portes, compreender essas mudanças não é apenas uma questão de conformidade: é uma estratégia essencial para preservar a saúde financeira, ajustar processos e manter a competitividade.
Neste artigo, reunimos os principais pontos que podem influenciar diretamente as operações empresariais em 2026 — e como sua empresa pode se preparar com antecedência.
1. Unificação de tributos e novo sistema de cobrança
Uma das mudanças mais relevantes é a transição do modelo atual, baseado em diversos tributos (ICMS, IPI, PIS, COFINS e ISS), para o novo sistema composto pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Essa unificação promete simplificar a apuração e reduzir a complexidade burocrática. Porém, no período de adaptação, muitas empresas podem enfrentar dúvidas sobre alíquotas, créditos fiscais e enquadramentos.
Impacto prático: ajustes nos sistemas de gestão, revisão de preços, readequação de contratos
e atualização de equipes internas.
2. Novo modelo de créditos tributários
Com o novo sistema, o crédito tributário passa a ser mais amplo, seguindo o princípio do crédito financeiro. Na prática, isso significa que as empresas poderão recuperar créditos sobre praticamente todos os insumos, reduzindo o efeito cumulativo dos impostos. Por outro lado, será necessário um controle detalhado e mais rigoroso para garantir que todos os créditos sejam corretamente identificados e aproveitados.
Impacto prático: aumento na eficiência fiscal, mas necessidade de maior precisão nas notas, classificações e documentos
3. Mudanças na tributação de serviços
Setores intensivos em mão de obra, como tecnologia, marketing, saúde e consultoria, podem sentir alterações mais significativas. Com a padronização da alíquota, serviços antes tributados a níveis menores podem enfrentar aumento nos custos fiscais.
Impacto prático: necessidade de reavaliar margens, pacotes e contratos vigentes.
4. Regras de transição até 2033
Embora as novas regras iniciem em 2026, o processo de transição se estenderá ao longo de vários anos. Durante esse período, empresas terão que operar com sistemas híbridos, combinando tributos antigos e novos.
Impacto prático: aumento da complexidade operacional, exigindo acompanhamento constante da legislação e ferramentas adequadas para apuração correta.
5. Atualização dos setores específicos
Alguns setores terão regras diferenciadas, como combustíveis, serviços financeiros, operações imobiliárias e o agronegócio. Em 2026, começa a aplicação progressiva dessas mudanças.
Impacto prático: necessidade de orientação especializada para evitar erros que possam gerar autuações.
6. Importância da preparação antecipada
Apesar de ainda existirem pontos pendentes de regulamentação, uma coisa é certa: as empresas que se prepararem desde já terão vantagem competitiva. Entre as ações recomendadas estão:
- Revisão dos processos internos;
- Treinamento de equipes;
- Atualização de softwares contábeis e fiscais;
- Análise de contratos e políticas de preços;
- Acompanhamento contínuo da legislação e das normas complementares.
As mudanças fiscais previstas para 2026 representam um avanço na simplificação do sistema tributário, mas exigirão atenção redobrada por parte das empresas. Adotar uma postura preventiva é fundamental para minimizar riscos, garantir conformidade e explorar oportunidades geradas pelo novo modelo.
A Contactus Assessoria Empresarial está preparada para orientar sua empresa em cada etapa dessa transição, com análises personalizadas e estratégias sob medida para proteger seus resultados.